quarta-feira, novembro 29, 2006

TAU-TAU OU NÃO TAU-TAU...

Hoje vou dormir angustiada...

Este meu filho tira-me do sério, às vezes. Agora, quando faz birras, alça da mão para me bater.

Esse foi o motivo das duas palmadas de ontem de manhã (pelo menos, depois dos tau-taus de ontem, passei a conseguir vesti-lo sem grandes dramas). Foi esse o motivo da palmada que lhe dei antes de adormecer.

Dói-me. Dói-me muito – a ele só lhe dói o orgulho porque quando falo em palmadas, é mais ‘sacudidelas de moscas’ – mas não posso aceitar que o meu filho me bata.

Agora, a minha dúvida existencial do momento é se isto não será um ciclo vicioso: tentativa de bater na mãe, resulta em tau-tau quando Rafa faz asneira, que origina nova tentativa de bater na mãe quando mãe faz algo que Rafa não gosta e/ou não quer, que novamente dá origem a tau-tau, etc, etc, etc que já perceberam a ideia.

No entanto, como fazer um Alienzinho de 1 ano e pouquinho entender o que deve ou não fazer. Como lhe ensinar a bem que tau-tau na Mãe nem nos seus wildest dreams?

Será que ele percebendo que as palmadas não são agradáveis deixará de bater?

Ou será que o facto de levar tau-taus vai levá-lo a querer dar também?

Aqui fica os desafio lançado. Com é que vocês fazem?

PS: Como viver com o aperto no peito que fica depois de uma cena de 'gritos e apitos' e mesmo assim ele estende os seus bracinhos a pedir miminho e colinho e se encosta ao nosso peito e dá beijinho. Como? Expliquem-me que hoje custou muito e fez-me sentir muitos remorsos.

16 comentários:

CLS disse...

Pois, eu tb tenho esse dilema... Mas, às vezes, a palmadinha funciona, nem que seja só para tirar do transe de uma birra. E, às vezes tb não se consegue evitar, eles dão-nos nos nervos e não somos de ferro... :S
Bjs

S.A. disse...

Minha querida, independentemente de qualquer teoria e pedagogia, cada criança é uma criança...isso é tão subjectivo...podemos falar, falar... e não ter mesmo nada a ver!
Ouve aquela vozinha que sabe o que deve fazer...

Bjinhos....

Salta Pocinhas disse...

Pois, essa é complicada...
E, como diz a Algarvia, cada caso é um caso.
É que ele também é muito pequenito para certas conversas sérias... O que nao quer dizer que nao tentes.
beijinhos

Anónimo disse...

Eu tenho uma peste com 2 anos e já passei por essa fase precisamente á um ano... fiquei escandalizada claro está, achava que só acontecia nos filhos dos outros! Achei racionalmente que bater-lhe por ela me bater a mim não fazia sentido, evitei ao máximo fazê-lo, mas houve alturas em que não aguentei e lá foi a palmada na fralda...Agora já sabe perfeitamente que não pode fazer, por vezes ainda levanta a mão mas detem-se no ar... Acho que venci a mania com muita paciência, muitos olhos arregalados, muita conversa, muitos choros fingidos em que ela me magoava... E levei muita vergonha para casa quando ela me batia em lugares publicos..ai, ai

Anónimo disse...

é um assunto muito complicado, bater-lhes porque nos batem não é muito lógico, mas há alturas em que o sono, a birra, e a teimosia juntos não dão muito espaço de manobra. Muitas vezes dar-lhe uma palmada faz com que se acalme, e depois vem a conversa. Mas tb há alturas em que a palmada só agrava a situação. e há crianças que não têm idade para grandes conversas (como é o teu caso). Cada caso é um caso, cada situação é uma situação, e nós temos de saber nos adaptar perante todos os cenários (ser mãe é muito complicado).
Ursitazul

melga meiguinha disse...

Realmente cada caso é um caso e não sei que lhe diga.

A minha "filhota" tinha pouco mais de 2 anos quando lhe dei as únicas palmadas de toda a sua vida porque sempre fui contra castigos corporais.

Ainda hoje, com 29 anos, se lembra das palmadas e do motivo porque as levou.
Acho que serviram para alguma coisa.

Beijinhos e também para o pequerrucho.

Tita Dom disse...

Tal como Ana sousa disse cada caso é um caso, com a minha não funciona, mas se deu um castigo, ai quase imediata a reação dela. Para mim para ela, são os castigos muito mais funcionais. E mostrar-lhe que estou triste, uiiiii nem te digo nem te conto, baba, ranho, "desculpa mamã, desculpas??.
Mas com o teu filhote tens que ver qual a solução melhor.
Beijocas e bom fim de semana

Amélia do Benjamim disse...

Respondendo ao desafio, fiz assim: (sim, fiz, porque já passou), o Benjamim também te bate? perguntei ao pai. Às vezes... respondeu. ah bom, pensei que era comigo..lol
Tentei ensiná-lo que em vez de bater na bochecha, a mãe o que gosta mesmo é de festinhas, e ensinei-o a fazer festinhas. Entrementes dei-lhe duas ou três palmada, três ou quatro beliscões, umas tantas "acabou-se aqui a festa"...
É preciso não desistir de lhes ensinar aquilo que tu perguntas ( Será que ele percebendo que as palmadas não são agradáveis deixará de bater?), com calma, não levando a coisa muito a sério. É constangedor "bater na pp mãe", como é possível? mas eles aprendem depressa que isso não é para fazer, pode demorar alguns diazitos, mas aprendem se tu (e eu) não desistires, e sem culpas.
Apesar de os miúdos serem todos diferentes, a natureza das suas atitudes é igual: busca de limites firmes.
Beijinhos

Loira disse...

Estou de acordo com a Amélia. Estas pestes, às vezes, tiram-nos do sério. E, se eu te dissesse q o Zézinho, do alto dos seus 10 meses e 3 semanas, tb me tenta bater qd está chateado? :/
As argolas de guardanapo são para a mesa de Natal e não só... queria mm poder usá-las sempre! Achas q csg fazer umas lindas? á te disse q preciso no mínimo de 8? mas, se me puderes fazer mais umas 2 ou 4, agradeço!
bj*

Loira disse...

É verdade... gostei mto das pregadeiras (especialmente as flores), no Coisas q'eu faço! Não dei mta atenção aos brincos e aos colares, pq faço alergia à maioria dos metais, excepto alguma prata e ouro.
Eu sou uma mocinha simples, mas requintada (e modesta). Gosto de coisas simples e bonitas. A minha casa é ao estilo modernos, com mtas linhas direitas, poucos bibelots, e cores sóbrias: brancos, pretos, castanhos e encarnados.
bj*

Rita disse...

NÃO LI OS COMENTÁRIOS ACIMA MAS ACHO Q DEPENDE DA CRIANÇA.A B. COM A IDADE DELE E QD NOS TENTAVA BATER NÓS DAVAMOS LHE UMA SACUDIDELA NAS MÃOS... FOI REMÉDIO SANTO... AGORA DÁ MAIS RESULTADO O CASTIGO!

Mae Frenética disse...

Olha minha querida, o meu nunca me levantou a mão, mas eu acho sinceramente q nesses casos uma palmada sem dor, como a tua, pode dar resultado. Pelos vistos deu.

Agora, não se deve de facto fazer disso regra, pq senão ele pensa q é "normal". Eu apanhei umas palmadas da minha mãe e não ando prai a dar palmadas a toda a gente q me contraria! :)

Eu sou contra a violência física, com o meu filho tem resultado tentar pô-lo atento às minhas palavras. Pará-lo e olhá-lo nos olhos. Dizer NÃO com firmeza.
Mas levantar a mão pra nós é q não pode ser, não não pode e tu fizeste bem em ficar zangada.

Beijos

Ck in UK disse...

Pois, entendo que te sintas assim. Mas na verdade acho que fizeste bem pq foi um tau tau simbolico. E o que ele fez foi grave apesar dele nao se aperceber.
Qto ao conselho da frenetica assino por baixo. Como eu nao tenho filhos....
Eu ca nao apanhei muito, mas fui tao castigada que nem tens ideia!

Anónimo disse...

Pois minha querida, o meu sobrinho tem que conhecer as regras da casa. Tau tau na mãe não vale. As tuas sobrinhas lindas de vez em quando tb levam umas palmadinhas, se é que se pode chamar isso. Com uma funciona, com a outra nem por isso, mas elas já sabem q se pisam o risco há tau tau e são elas as primeiras a dizer!! Pior é quando decidem que podem usar as regras e dar tau tau uma à outra! Aí temos que intervir senão temos uma cena de pancadaria das bonitas! E por norma ganha a mais pequenina!! Às vezes nem parecem gémeas!!! Mas há que impôr regras e mostrar quem anda, porque cada atitude é um medir de forças connosco e ver até onde conseguem desafiar!!!
Já agora enche o meu lindo de beijocas grandes cheias de saudade!!
Beijocas

Paula D´aviz disse...

Mas que coisa mais linda... e maroto, claro! Está prometido o namoro com a baby matilde! ;)

É preciso ter muita calma. Por vezes temos de ser rigidas, mas com contenção. Saber dizer não e ser afirmativa um tau tau na fraldinha tb é preciso mas parte-nos o coração.
beijinhos gds.

Repolha disse...

não tau-tau. sim palmada - e quando se dá é para doer (não para aleijar) porque se não doer não tem significado nenhum e depois corres o risco de um dia dizeres: "eu bato-lhe e ele não me liga nenhuma". Acho é que não podem, nem devem ser frequentes - devem ser guardadas para certas alturas, entendes?
Por exemplo: o morder. Como explicar a uma criança (como explicar a um ser humano qualquer coisa sem ser pela experiência) que morder dói? Só depois de eles sentiram uma dentada, certo? Como explicar que uma palmada dói? Só depois de eles a terem levado. É o aprender com a experiência. A teoria de servir de exemplo acho, francamente, muito rebuscada - como quase tudo o que oiço sobre o tema como a história dos estalos na cara - olha, eu levei uns quantos e não me fizeram mal nenhum; pelo contrário, eu não gosto que me batam - ponto. Interessa lá onde me bateram: se na cara, se no braço, se no rabo... who cares? Estamos a lidar com crianças e a forma de associar ideias é simples. Os complicados somos nós. Eu fiz tal e qual a Amélia descreve lá em cima - com muita festinha e algumas palmadas pelo meio com a frase do "não gostas, pois não? a mãe também não!" E muito olhares sérios e muitos "Nem penses miúda..." ou "tu não estás a ver bem o filme" LOL
Agora é preciso explicar que não estamos zangados - castigar é uma coisa; mostrar que algo dói. Mas estarmos zangados é outra. Eu posso castigar a minha filha mas nunca ficar zangada com ela - é minha filha ora essa! E quando ela se vem aninhar eu repito-lhe que não estou zangada, mas que se ela voltar a fazer leva uma palmada e que o castigo é para cumprir (nos dias que correm os castigos começam a surtir efeito e por isso há menos palmadas e baseiam-se em dois - longos, para ela - minutos sentada no chão). Também não fico triste com ela - que isso parece-me mais violento que uma forte palmada - e muito menos finjo que me aleijou (olha agora a pirralha achar que tinha força para me aleijar... estava feita eu! LOL)
Cada vez mais acho que educar é uma espécie de jogo - que dá trabalho, mas que pode ser muito engraçado de jogar. E dá tantooooo jeito que eles percebam um não à primeira - numa situação tipo irem pôr a mão na tomada eléctrica. Dá jeito sim.