Devo desde já avisar que este post tem bolinha branca no canto superior direito.
Menores de 18, saiam…
Pessoas susceptíveis, andor…
Família, adios…
Fulano do Mercedes, é melhor sair antes da desilusão…
Desde que o Rafa nasceu, sou acometida periodicamente por uns ataques de falta de ar e entupimentos nasais que quase me levam ao desespero. Presentemente, estou com a terceira crise grave e praticamente não respiro contribuindo assim para a diminuição da emissão de gases CO2 para a atmosfera (mas também para a falta de oxigénio no meu cérebro o que pode explicar muita coisa que vou referir no post seguinte!).
Aqui aposto que os teenagers que ignoraram a minha ordem lá em cima, desistiram de vez de ler isto!!! Eh eh eh
Adiante para passarmos para a parte da bolinha.
Ora, a única forma de entrar aqui algum ar é respirando pela boca o que consequentemente seca os lábios, o que me leva a aplicar carradas de batôn do cieiro seguido de carradas de gloss.
A vossa amiga, assim tinha feito esta manhã, e estava sossegadita na fila do semáforo tentando meramente sobreviver, quando olha para o lado e se depara com um bruto Mercedes com uma criatura ao telemóvel. Eis que eu fico siderada a observar a bela da unhaca do senhor que conduzia a viatura. Ali estava eu tecendo considerações mentais acerca de unhas compridas em homens, tentando analisar se a unhaca do mindinho seria mais comprida que as outras, imaginando a trabalheira que a Carolina Salgado teria a cortar aquelas unhas e se as dos pés estivessem iguais, os trabalhos redobrados que a moça teria. Estava também a considerar que entre cortar as unhas dos pés do Pinto da Costa e ser Alternadeira, por mim que venha o Calor da Noite.
Como vêem estava a meditar em assuntos relevantes para a segurança do Pais em geral e do mundo em particular, quando o senhor olha na minha direcção e o sinal passa a verde. Naquela fracção de segundos que demorei a desviar o olhar dos problemas do mundo para a condução, o que o Senhor do Mercedes viu foi: uma mulher (até interessante) que o olhava fixamente com olhos de carneiro-mal-morto, lábios brilhantes e entreabertos por onde passava amiúde a pontita da sua língua rosada. Naquela fracção de segundos, o senhor do Mercedes ganhou o dia ao pensar que estava ali alguém que o estava a admirar. Ainda sorriu timidamente antes de eu desaparecer do seu campo de visão.
Moral da História: a diferença entre uma mulher fatal e a uma mulher em farrapos é o tempo que demoramos a observá-la!