Existem poucas sensações piores do que sentirmos a nossa intimidade devassada; do que sentirmos a nossa vida privada violada.
Pela 2ª vez no espaço de 2 anos senti (sinto) isso. Há 2 anos, o apartamento em que vivia foi assaltado enquanto dormíamos. O Rafa tinha 13 dias e não me lembro de alguma vez na vida me ter sentido mais indefesa, pequenina ou vulnerável.
No sábado, enquanto fomos a uma festinha de anos (sim, que o meu filho tem mais vida social que eu…), a casa onde vivemos foi assaltada. Eu facilitei esquecendo-me de trancar a porta (mea culpa, pancadinha no peito e tudo e tudo…). Há umas semanas que ando para escrever um post sobre a personagem de desenhos animados com que mais me identifico: a Dory do Nemo (a peixa que se esquece das coisas). Se eu fosse um cartoon seria a Dory, de certeza. Sempre tive essa convicção e depois de sábado não resta nenhuma dúvida. É que eu cheguei a casa, tratei do Rafa, pu-lo a dormir, arrumei a sala e a cozinha e só quando fui vestir o pijama é que me dei conta do sucedido. Só nessa altura me lembrei que o PC que deveria ‘repousar’ em cima da mesa da sala, lá não se encontrava.
Tal como nos filmes de terror, havia todos os indícios: o cheiro da casa que me pareceu estranho (embora eu não consiga explicar. A casa cheirava a ‘estranho’. Não me cheirava a bem nem a mal, unicamente não cheirava como de costume. Foi como se a casa tivesse mudado de perfume e eu o conseguisse sentir embora fosse uma essência muito suave…), o cartão de visita caído no corredor, a moeda à entrada do quarto do Rafa. E tal como num bom filme de terror, a heroína ignorou-os todinhos. Para depois enfrentar a cruel realidade quando entrei no quarto e vi a minha gaveta toda remexida. As caixinhas espalhadas pelo chão…
Tudo no mundo assume uma importância muito relativa quando tomamos consciência que alguém não-benvindo esteve no nosso quarto. Alguém se aproximou nem que por segundos da nossa cama… A única consolação que me restou foi que não entraram no quarto dele… Isso eu não sei se suportaria… Isso iria deitar-me por terra… Mas não entraram…
Assim sendo, somamos mais um PC àquele que foi levado há 2 anos (estou sem Net em casa, portanto), uma máquina digital (lá se foram as fotos dos anos da Margot), meia-dúzia de libras, um carregador de telemóvel, um relógio do Super-Pai (tanto que eu insisti que o usasses mais vezes, mas tu não querias. Tinha sido eu que to tinha dado quando começámos a viver juntos e só querias usá-lo em momentos especiais. Amor, especiais são todos os dias…) e, curiosamente, alguns reais brasileiros.
Nem os brasileiros querem os seus próprios reais, mas os meus ladrões querem… Também devem ser especiais…
Pela 2ª vez no espaço de 2 anos senti (sinto) isso. Há 2 anos, o apartamento em que vivia foi assaltado enquanto dormíamos. O Rafa tinha 13 dias e não me lembro de alguma vez na vida me ter sentido mais indefesa, pequenina ou vulnerável.
No sábado, enquanto fomos a uma festinha de anos (sim, que o meu filho tem mais vida social que eu…), a casa onde vivemos foi assaltada. Eu facilitei esquecendo-me de trancar a porta (mea culpa, pancadinha no peito e tudo e tudo…). Há umas semanas que ando para escrever um post sobre a personagem de desenhos animados com que mais me identifico: a Dory do Nemo (a peixa que se esquece das coisas). Se eu fosse um cartoon seria a Dory, de certeza. Sempre tive essa convicção e depois de sábado não resta nenhuma dúvida. É que eu cheguei a casa, tratei do Rafa, pu-lo a dormir, arrumei a sala e a cozinha e só quando fui vestir o pijama é que me dei conta do sucedido. Só nessa altura me lembrei que o PC que deveria ‘repousar’ em cima da mesa da sala, lá não se encontrava.
Tal como nos filmes de terror, havia todos os indícios: o cheiro da casa que me pareceu estranho (embora eu não consiga explicar. A casa cheirava a ‘estranho’. Não me cheirava a bem nem a mal, unicamente não cheirava como de costume. Foi como se a casa tivesse mudado de perfume e eu o conseguisse sentir embora fosse uma essência muito suave…), o cartão de visita caído no corredor, a moeda à entrada do quarto do Rafa. E tal como num bom filme de terror, a heroína ignorou-os todinhos. Para depois enfrentar a cruel realidade quando entrei no quarto e vi a minha gaveta toda remexida. As caixinhas espalhadas pelo chão…
Tudo no mundo assume uma importância muito relativa quando tomamos consciência que alguém não-benvindo esteve no nosso quarto. Alguém se aproximou nem que por segundos da nossa cama… A única consolação que me restou foi que não entraram no quarto dele… Isso eu não sei se suportaria… Isso iria deitar-me por terra… Mas não entraram…
Assim sendo, somamos mais um PC àquele que foi levado há 2 anos (estou sem Net em casa, portanto), uma máquina digital (lá se foram as fotos dos anos da Margot), meia-dúzia de libras, um carregador de telemóvel, um relógio do Super-Pai (tanto que eu insisti que o usasses mais vezes, mas tu não querias. Tinha sido eu que to tinha dado quando começámos a viver juntos e só querias usá-lo em momentos especiais. Amor, especiais são todos os dias…) e, curiosamente, alguns reais brasileiros.
Nem os brasileiros querem os seus próprios reais, mas os meus ladrões querem… Também devem ser especiais…
16 comentários:
Caramba! E eu sou também tão Dory... tenho tido sorte, é o que é...
lembro-me de como a minha mãe ficou quando lhe assaltaram a casa...
um abraço.
É uma sensação do pior...uma das coisas que me lembro é exactamente do cheiro ser diferente...e o mais incrível é que foi de noite e eu estava em casa a dormir!!!
Beijinhos
qdo me assaltaram o telemovel no metro fiquei desconsolada... mas nao consigo imaginar o q deves estar a sentir =(
ó que chatice... ainda para mais vives no meio do nada, os teus pais não sentiram? estão ao teu lado não é?
olha fofa força e tenta abstrair-te disso , nunca fui assaltada mas não quero imaginar a sensação...
beijokas
Ó god, o que te havia de acontecer... e chamaste a policia, certo? Espero que sim... verifica se não te levaram nenhuma chave. A porta não tinha sinal de arrombamento? Muda de fechaduras, mulher, põe umas "a sério". Mas depois não te esqueças de trancar. E olha lá... só desarrumaram o quarto? Mas sabiam onde estavam as coisas? Que estranho...
Deves de ter ficado cheia de medo, não?
Olha, eu ficava...
Um bjinho.
Su
:(
mais que as coisas levadas, deve ser mesmo a sensação que nos invadiram o nosso espaço.
ai... nem quero pensar nisso.
beijoca grande, linda.
Nem quero pensar nisso! A minha casa foi assaltada há uns anos e mesmo com portas e janelas trancadas eu não conseguia dormir, que sensação tão estranha a da violação de privacidade.
Eu também sou Dory!
Bjs e força. Vão-se os aneis...
O pior é mesmo a sensação de ver a casa devassada.
E o susto...
Mas acho q há 2 anos terá sido bem pior, cruzes credo!!
Um beijinho para ti e não deixes q o medo te apoquente, sim?
Felizmente por essa ainda não passei, mas deve ser devastador o sentimento de impotência.
Felizmente sem gdes consequências e sem estarem em casa, tb ajuda seguramente.
Por essas e outras a letra da música "Astronauta" de Gabiel o Pensador faz tanto sentido.
:O
Deve ser do pior, ter a nossa privacidade invadida,mas essa de te assaltarem a casa contigo l� dentro... medo.
Ele(s) só foram lá porque não sabiam que a dona da casa era uma mulher do outro mundo, capaz até de ironizar com eles. És o máximo! bj
Olha que grandessíssima merda! Que horror, pá. Fez-me lembrar um gajo "trepador" daqui da cidade, que subia a terceiros e quartos andares, pelo lado de fora, e roubava as casas com as pessoas lá dentro a dormir (como o teu primeiro caso). Nunca percebi como é que o gajo subia... Quem mora em andares altos que não julgue estar seguro, deixando janelas abertas e afins. Há aí muitos habilidosos. Que coisa.
Luz de Estrelas
Bemmmmmmm....aconteceu-me uma do genero..Qd estava na universidade, depois das ferias do natal, chego a casa carregada de coisas e dou com a pota arrombada...Tb me levaram o pc...humpf....
grandessissima P que os pariu!
ao menos voces nao estavam em casa, ao menos isso.
q droga!
Boa Tarde,
Na sequência de uma pesquisa na internet para o programa "As Tardes da Júlia", TVI, encontrei um post seu onde relata um episódio de assalto à sua habitação.
O meu nome é Catarina Morazzo e sou a jornalista responsável pelos convidados do tema da terceira parte do programa do próximo dia 3 de Dezembro: ASSALTARAM-ME A CASA. Tendo em conta esta temática, gostaria muito de contar com o seu contributo, tão e somente para relatar os factos tal como aconteceram .
O programa no qual contaríamos com a sua presença será emitido em directo no próximo dia 3 de Dezembro de 2007, segunda feira. Contamos com a disponibilidade dos nossos convidados entre as 14h e as 17h . Todavia, a Produção confirmará a hora exacta para estarem nos ESTÙDIOS VALENTIM DE CARVALHO, bem como quaisquer esclarecimentos na localização dos mesmos.
Uma vez que não disponho de mais nenhum dado a não ser o contacto de email, facultado no blog, junto deixo todos os meus contactos para quaisquer esclarecimentos sobre a participação no programa, esperando uma resposta da sua parte. Aceite o meu convite! Conte-nos a sua história.
Sem outro assunto e com os meus melhores cumprimentos,
Catarina Morazzo (Jornalista)
Skylight - Novas Produções e Espectáculos
21 - 4401065 (escritório)
catarinamorazzo@gmail.com
Informação Programa:
A Skylight/NPE está neste momento a produzir o programa diário "As Tardes da Júlia", com 3 horas de emissão em directo (14h/17H), nas tardes da TVI, semelhante ao programa de sucesso "Oprah Winfrey Show", cuja ideia central é contar histórias de vida de pessoas anónimas e famosas, passando sempre uma mensagem positiva, dando a conhecer a vida no seu melhor. A cara deste novo projecto, que constitui uma das grandes apostas do canal para o seu horário da tarde, é Júlia Pinheiro.
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